O pau que dá em chico dá em Francisco...
Desde a sua criação, o vale-transporte passou por transformações e aprimoramentos. Dos vales em papel, o Brasil vê a crescente migração para a modalidade de vale - eletrônico com o advento da bilhetagem eletrônica*. Com a tecnologia, que utiliza o sistema de carga eletrônica dos créditos para o transporte tendo como suporte os cartões inteligentes (Smart Cards), algumas das vulnerabilidades existentes no vale-transporte foram dirimidas, como a falsificação de vales e o comércio clandestino. Com a bilhetagem eletrônica, os créditos são “carregados” no cartão inteligente de vale-transporte que contém os dados do portador. Não é possível comercializá-lo, pois o uso dos créditos só é possível no transporte urbano, fazendo assim o vale-transporte perder o “status” de moeda paralela. Além di sso, em caso de furto ou roubo o cartão pode ser cancelado e conseqüentemente os créditos anulados, evitando assaltos e furtos. Também a tecnologia impede a falsificação, garantindo a veracidade dos créditos utilizados no transporte. Tecnologia e inclusão social. Uma das maiores transformações trazidas pela bilhetagem eletrônica foi a possibilidade de integração tarifária, o que reduziu o custo com o vale-transporte, permitindo que trabalhadores que residem distante dos locais de trabalho pudessem ser inseridos no mercado de trabalho. Com a bilhetagem eletrônica, o usuário pode utilizar mais de um ônibus em um determinado período e pagar apenas uma tarifa. Além disso, ele pode fazer a integração com outros meios de transporte como trens e metrô pagando uma tarifa reduzida. * O sistema de bilhetagem eletrônica substituiu os passes de plástico e de papel por cartões e facilita a integração dos usuários pelas atuais linhas de ônibus. Cada vez que o cartão passa pelo aparelho eletrônico, chamado validador, é descontada uma passagem dele. O validador mostra, no momento em que o cartão é inserido, o número restante de passagens. Vamos utilizar como exemplo o Bilhete Único em São Paulo. Hoje o usuário gasta R$ 3,00* para se deslocar de Santo Amaro – extremo sul de São Paulo até o centro da cidade, pois pode fazer a integração com 4 ônibus com apenas uma tarifa em um período de 3 horas. Antes, ele gastaria R$ 12,00, ou seja, uma redução de mais de 60%. A cidade de Campinas foi a pioneira na implantação do Sistema de Bilhetagem Eletrônica no setor de transporte coletivo urbano no Brasil. O início da operação ocorreu em novembro de 1997. A partir de 29 de abril de 2006, foi implantado em Campin as o Bilhete Único, que dá direito à integração temporal. Hoje, a bilhetagem eletrônica está presente em 47% das cidades brasileiras com mais de 100 mil habitantes, sendo que 12% passa pela implantação. Principais mudanças proporcionadas pela Bilhetagem Eletrônica • Extinção do mercado paralelo e falsificações de vales-transporte. • Integração tarifária diminuiu os gastos com transportes e conseqüentemente facilitou a inclusão de trabalhadores que residem distante dos centros empregadores no mercado de trabalho. • Mais segurança para o usuário do transporte coletivo. A redução de dinheiro circulando acarretou a diminuição de assaltos nos meios de transporte. * Extinção dos Cobradores em varias cidades.
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