Tiros, pancadarias e vandalismo. ISTOÉ revela a violência da disputa entre as centrais de trabalhadores e os bastidores da luta por recursos públicos e poder. É a nova face do sindicalismo. Sequência de vídeos mostra a escalada de violência no sindicalismo paulista. Há cenas de pancadaria, derrubada de portões, correria, uso de fogos como arma e até disparo de revólver diante de sedes em São Paulo, Osasco e Jundiaí :
Homens, escoltados por pelo menos três leões de chácara armados, quebraram as portas do Sindicato dos Trabalhadores nas Indústrias Gráficas de São Paulo. Eles estavam ali para impedir uma assembleia de filiação à CUT. As cenas reveladas retratam vítimas ou algozes de um tipo de violência que já deixou dezenas de mortos nos últimos três anos: o banditismo sindical. Nelas não se consegue identificar trabalhadores que cumprem jornadas de mais de 44 horas semanais ou líderes devotados a suas categorias. Há, sim, jagunços bem remunerados para dar ou tirar o sangue de quem contrariar seu contratante.
No alto, à esquerda, está estampada a foto de Edson Matias, presidente do Sindicato dos Marceneiros de Taboão da Serra (SP). Dizer que sua imagem é um retrato da nova face do sindicalismo brasileiro poderia soar como um trocadilho de mau gosto. Infelizmente, trata-se da simples expressão de uma verdade. Matias foi agredido com coronhadas por três adversários, contrários à criação de sua entidade. Levou 32 pontos no rosto.
Em São Paulo, disputas desse nível levaram ao assassinato de Sérgio Augusto Ramos, que havia denunciado esquema de corrupção no Sindicato dos Motoristas e Cobradores de Ônibus. Os rastros da batalha feroz entre as centrais sindicais se espalham por todo o País e já produziram grandes desastres. Talvez o mais famoso deles tenha ocorrido em Porto Velho, Rondônia, onde sindicalistas ligados à Força Sindical, à CUT e independentes vivem em um permanente clima de hostilidade pelo controle da representação dos trabalhadores. “Lamentavelmente, muitas entidades tornaram-se verdadeiras máquinas burocratizadas que recebem dinheiro do Estado, por meio do imposto sindical ou pelo Fundo de Amparo, e se distanciam cada vez mais de suas bases.” Se o dinheiro público continuar a financiar sindicatos do crime, as representações dos trabalhadores, que chegaram a levar um metalúrgico à Presidência do Brasil, correm o risco de ver suas histórias enterradas num roteiro de ganguisterismo.
1 comentários:
Até quando os dirigentes sindicais continuarão s se dar conta de q essas práticas de selvageira e ganguisterismo vem se tornando um prato cheio p os parlamentares acabarem de uma vez por todas c a CLT,em todo país,pois enquanto os bichos se comem os políticos torcem cada vez mais.
Postar um comentário