Primeiro senador a ser
preso matou parlamentar dentro do Plenário
A capa do
jornal O Globo com destaque para a rixa entre os senadores Arnon de Mello e
Silvestre Péricles, em 1963.
Nesta semana, a prisão
do parlamentar Delcídio do Amaral (PT) chamou atenção no cenário político. No
entanto, ele não foi o primeiro caso de um senador a ser preso durante
exercício do mandato.
Como bem relembrou a
reportagem do portal Eco Viagem, uma discussão dentro do Plenário do Congresso
causou a morte do senador José Kairala (PSD-AC), que foi baleado no abdômen, e
a prisão de dois senadores Arnon de Mello (PDC-AL) - pai do ex-presidente
Fernando de Collor de Mello - e Silvestre Péricles (PTB-AL).
A fatalidade aconteceu
na década de 1960. Durante um discurso, o senador Péricles ameaçou matar seu
rival. A partir daí, o pai do atual senador Collor passou a usar uma 'Smith
Wesson 38' em sua cintura. Em outra ocasião, Péricles chamou Arnon de
"crápula" e partiu para cima dele com uma arma. Com o começo de um
tiroteio, os senadores Kairala e João Agripino (tio do atual senador José
Agripino, do DEM) se engalfinharam no chão com Péricles para lhe tirar a arma
das mãos. Foi neste momento que Arnon
de Mello disparou duas vezes contra
o rival, os tiros atingiram acidentalmente Kairala, que foi levado em estado grave para o Hospital Distrital
de Brasília e não resistiu.
Os senadores Arnon de
Mello e Silvestre Péricles foram presos em flagrante. Seguindo as normas da
Constituição, a prisão foi submetida ao voto de seus pares para ser aprovada. O
senado aprovou por 44 votos a favor contra 4. No entanto, os parlamentares
ficaram detidos por pouco tempo. Cinco meses após o assassinato, o Tribunal do
Júri de Brasília julgou o caso e inocentou os dois. (Com informações do Estadão
e do Eco Viagem)
Do BOL, em São Paulo/Reprodução/OGlobo
Postado por Tabocas
Notícias - Itabuna-Bahia às sábado, novembro 28, 2015
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