A vereadora Marielle Franco (PSOL/RJ), foi assassinada a
tiros, na noite desta quarta-feira (14), no bairro do Estácio, no Centro do Rio
de Janeiro. Os indícios são de execução.
Marielle voltava de um evento sobre mulheres negras em um
carro, que foi alvejado por pelo menos nove disparos, segundo levantamento da
perícia. O motorista, Anderson Pedro M. Gomes, também foi atingido e morreu no
local. Outra assessora da vereadora foi atingida, mas teve ferimentos leves e
sobreviveu.
Um crime bárbaro. Em nota a CSP-Conlutas,
lamenta as mortes e considera que os assassinatos são um ataque a todas e todos
que lutam contra a intervenção militar no Rio de Janeiro e contra a violência
contra negros e pobres das favelas e periferias.
Confira a nota da Central
Quinta vereadora mais votada
Marielle era socióloga e foi
eleita vereadora da Câmara do Rio com 46.502 votos. Ela era formada pela
PUC-Rio e fez mestrado em Administração Pública pela UFF (Universidade Federal
Fluminense).
Foi escolhida, há duas semanas,
como relatora da Comissão da Câmara de Vereadores do Rio, criada para
acompanhar a atuação das tropas militares na Intervenção Federal na área de
segurança do Rio.
No último sábado (10), Marielle
denunciou uma ação de PMs do 41º BPM (Irajá) na Favela de Acari. De acordo com
moradores, no último sábado, os PMs invadiram casas, fotografaram suas
identidades e aterrorizaram populares no entorno. “O 41° Batalhão da Polícia
Militar do Rio de Janeiro está aterrorizando e violentando moradores de Acari”,
disse a vereadora na publicação.
O 41° Batalhão é conhecido por
ser o que mais mata no Rio e é alvo de reclamações e denúncias em razão da
truculência e esculachos contra moradores.
Em reportagem do site Ponte
Jornalismo, moradores denunciam que desde o anúncio da intervenção federal na
segurança do Rio, as incursões do 41° Batalhão tornaram-se mais constantes e
violentas.
Atos pelo país
Os assassinatos de Marielle e de
Anderson causaram comoção e indignação imediata poucas horas depois que o crime
foi divulgado. Atos espontâneos começaram a ser organizados pelo país, para
homenagear as vítimas, mas também para protestar e exigir investigação
rigorosa, prisão e punição dos assassinos.
Confira atos já marcados:
RIO DE JANEIRO 11h – Praça da
Cinelândia, em frente à Câmara Municipal
SÃO PAULO 17h – São Paulo – Vão
Livre do MASP
SALVADOR 10h – Salvador – Tenda
Sem Medo no Fórum Social Mundial
RECIFE 16h – Câmara dos Vereadores
BRASÍLIA 11h – Brasília – Anexo
II da Câmara dos Deputados
BELO HORIZONTE 17h – Belo
Horizonte – Praça da Estação, Avenida dos Andradas
BELÉM 17h – São Braz, Avenida
Almirante Barroso
JUIZ DE FORA 17h30 – Parque
Halfed, Avenida Rio Branco
PORTO ALEGRE 17h30 – Esquina
Democrática
FLORIANÓPOLIS 17h – Esquina
Feminista
NATAL 17h – Rua Apodi, Cidade
Alta
CURITIBA 18h30 – Prédio Histórico
da UFPR
CAMPO DE GOYTACAZES (PA) 18h –
UFF Campos, Rua José Patrocínio, 71
MANAUS 17h – Largo de São
Sebastião
FORTALEZA 17h – Pca. Gentilândia
– Benfica
Por/CSP-Conlutas
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