EDITORIAL:
Na última eleição em 2018
mais de 12.000 condutores votaram na chapa de oposição. Vale ressaltar que esse
número são os votos legais porque como muitos sabem porem, não declaram por
medo de serem desempregados ou até sofrerem violências, os votos foram grandemente
fraudados pela situação. Como outros milhares de trabalhadores do transporte coletivo
de São Paulo, eu não concordo com a conduta desonesta, maldosa da diretoria do sindicato
que só retiraram direitos conquistados ao longo dos muitos anos de árduas
batalhas das quais a maioria delas eu participei ativamente em conjunto com
outros companheiros de luta. Quem me conhece e acompanha meu trabalho sabe dos
nossos esforços em defesa dos direitos da nossa categoria.
Nas duas últimas gestões do
atual presidente, assim como tantos outros colegas de trabalho só tenho me
decepcionado com tantas perdas dos direitos que foram retirados da convenção coletiva.
Nunca na história dos condutores teve tanta demissão por justa causa a pedido
da própria diretoria do sindicato, com aval do presidente como todos do sistema
já tomaram conhecimento. Vamos lembrar: Davi da Gatusa, Marivaldo da Metrópole
Paulista, Ronaldinho da Via Sul, Tiago da Hora da Via Sudeste, Cássio da A. E
Carvalho, Gilberto, Negrada da Brígida, Josias Neto da Transppass , Iranildo,
Filó, Nando e tantos outros que sofreram essa injustiça.
A prova de que os nossos
direitos foram vendidos, a altíssimos preços é o enriquecimento milionário dos
diretores constatados pelos órgãos policiais e amplamente divulgados.
Os trabalhadores cansados de
tantas perdas e falsas e vãs promessas resolveram por conta própria solucionar
parte dos problemas que os afligem há tanto tempo. Exemplo: as duas paralisações
da Viação Grajaú organizada pelos trabalhadores que repudiaram a direção do sindicato
que tentaram coagir os trabalhadores a desistir da batalha por seus direitos.
Surpreendidos por diversas
paralisações seguidas atingindo mais de 40 linhas de diversas empresas no mega
terminal Parque Dom Pedro II, da mesma forma paralisaram os terminais Pinheiros
na zona sul e São Mateus zona leste de São Paulo. Os trabalhadores já estão exaustos
de serem ludibriados por pessoas que deveriam estar empenhados em trazer conquistas
para uma classe que só clama por um reajuste de 16,28% e que um dia os seus salários
fossem equiparados ao dos valorosos condutores de Sorocaba de R$ 4.350,00. Não podemos
nunca esquecer dos problemas enfrentados pelos trabalhadores das antigas cooperativas
que recebem valores bem menores acordado pelo presidente do Sindicato já comprovado
no site do Ministério do Trabalho. Finalizando quero ressaltar a defesa
veemente da direção do sindicato para conseguir os subsídios para os
empresários do transporte coletivo; pressionando a Prefeitura a exemplo da
licitação que toda diretoria usou os trabalhadores como massa de manobra para
favorecer os tubarões da catraca. O que faltava: o presidente do Sindicato
tenta se safar das multas cobradas pela SP Trans e os órgãos públicos acusando
indevidamente sem provas, diversos pessoas que acredito não terem participado dos
tais protestos.
O presidente gosta de
apontar o dedo para denunciar, agora o deputado cassado pelo TRE de Sergipe se
transformou num verdadeiro alcaguete mentiroso, não podíamos esperar outra coisa
do Sr. Noventa.
MARCOS ANTONIO COUTINHO
Secretário Executivo da
CSP-Conlutas/setorial de transporte