Foi deflagrada, na manhã
desta sexta-feira (11), mais uma etapa da Operação Chapelier, que investiga
desvios de recursos no âmbito do Sindicato dos Motoristas do Transporte
Coletivo de São Paulo, que tem como ex-presidente, o ex-deputado federal
Valdevan Noventa. Documentos e dispositivos eletrônicos que apontam a
existência de um laranja foram apreendidos pela Polícia Civil de São Paulo.
De acordo com o delegado Fonseca
Junior, coordenador operacional do Central Especial de Repressão ao Crime
Organizado (Cerco), a nova etapa da operação identificou documentações que
apontavam um homem como laranja de Valdevan Noventa. “Entre elas uma conta de
energia que identificou para gente a casa que ele tinha na Praia do Saco. A
casa é de um quarteirão e pintada nas cores de Valdevan, o verde e branco, mas
a conta estava no nome do laranja”, detalhou.
Diante dessa apuração, a
Polícia Civil de São Paulo encontrou a casa onde o suposto laranja morava em
Umbaúba. “Começamos a procurar as informações e levantamos a casa que ele
morava em Umbaúba, uma casa mais simples e que nos levou a entender que,
facilmente, ele é uma pessoa a mais nesse rol de laranjas ou não, que Valdevan
utilizava. Elaboramos o mandado de busca e hoje cumprimos esse mandado”,
revelou.
Na casa desse suposto
laranja, que não estava no imóvel, foram encontrados documentos e um troféu de
corrida de cavalo. “E também documentos de compra e venda de veículos, além de
um notebook, escondido atrás de pedras, com toda a documentação do Haras 90,
inclusive documentos de compra de cavalos. Animais, que de acordo com o
mostruário do leilão, avaliados em R$ 1,8 milhão, R$ 250 mil”, informou.
Conforme o delegado, novos
nomes também surgiram durante essa nova etapa da operação. “Novos nomes
apareceram e serão avaliados com toda a cautela. O material encontrado hoje é
de uma riqueza enorme para a investigação. Apreendemos três celulares e um
notebook. O que indica que ele é laranja é que ele não há comprovação da renda,
já que a casa vale em torno de R$ 2 milhões. E a esposa declarou que ganha R$
3mil”, citou.
As investigações continuam
em andamento e são titularizadas pela Polícia Civil de São Paulo. Toda operação
em Sergipe recebeu suporte da Polícia Civil de Sergipe