DOIS HOMENS AINDA NÃO IDENTIFICADOS PELA POLÍCIA INVADIRAM O SINDICATO
DOS TRABALHADORES DA INDÚSTRIA DE PAPEL E PAPELÃO DE GUARULHOS, NESTA SEGUNDA
(24), E MATARAM O PRESIDENTE DA ENTIDADE, OZANO PEREIRA DA SILVA, DE 77 ANOS.
OZANO FOI INDUZIDO A IR AO SINDICATO, ONDE MORREU ASFIXIADO POR UM SACO
PLÁSTICO QUANDO CHEGOU. Antes, por duas horas, os dois homens torturaram e
mantiveram como reféns pelo menos 25 funcionários e frequentadores do
sindicato. Armados, a princípio renderam os primeiros funcionários que chegavam
para trabalhar antes das 8h. Conforme as outras pessoas entravam no local, eram
amarradas com cordas e deixadas numa das salas do sindicato. O VICE-PRESIDENTE
DA ENTIDADE, EDUARDO HENRIQUE NEVES, FOI ALGEMADO COM AS MÃOS PARA TRÁS. Segundo
o filho do sindicalista, Ozano Júnior, que também trabalha no local, mas não
estava presente na hora do crime, o episódio não seria um assalto, mas um
acerto “pessoal”. “Acho que eles foram lá para matar ele (o presidente). Não
tínhamos nada de valor, e um dos reféns me contou que eles gritavam que só
estavam ali por uma pessoa, pelo patrão”, afirmou Ozano Júnior . OS DOIS CRIMINOSOS ENTRARAM NA SALA DA DIRETORIA DO SINDICATO ANTES NAS
PRIMEIRAS HORAS DA MANHÃ, perguntando à secretária do presidente, Débora, por
um cofre. A entidade fica na Rua Cuevas, uma pequena viela a poucos metros da
Avenida Paulo Faccini, a mais importante de Guarulhos. Segundo Ozano Júnior, os
criminosos chegaram antes das 8h e mantiveram os funcionários amarrados por
duas horas. O veterano presidente do sindicato não estava no
local na hora do início da ação, mas foi persuadido a ir até o local. Uma
das pessoas torturadas pela dupla foi sua secretária, Débora. Ela teria sido
forçada pelos criminosos a ligar para Ozano e pedir para que ele fosse ao
sindicato, sem levantar suspeitas. Quando Ozano chegou, foi levado à sua
própria sala, onde morreu asfixiado por um saco plástico, que foi colocado em
sua cabeça por um dos bandidos. Em seguida, eles fugiram no carro do
vice-presidente do sindicato, Eduardo Henrique Neves. Até o início da noite, o
carro não foi encontrado e ninguém foi preso. O filho do presidente, Ozano
Pereira Júnior, que também é dirigente sindical, estava em Itaquaquecetuba na
hora do crime.
ELE ACREDITA QUE SEU PAI FOI VÍTIMA DE ALGUM ATO DE VINGANÇA. “Com todo
o tempo desde o momento em que chegaram ao local, poderiam fazer a ‘limpa’
tranquilamente, se o objetivo fosse mesmo o roubo. Porém, exigiam a presença
dele”, afirmou. Foi Ozano Júnior quem acionou a polícia, assim que desconfiou
do fato de todos os celulares dos funcionários caírem na caixa postal,
incluindo o do presidente assassinado. A TESOUREIRA HELENA ROMANCINE ERA A
ÚNICA PESSOA QUE TINHA ACESSO AO COFRE DA ENTIDADE. Ela também foi torturada e
correu risco de ser asfixiada, mas conseguiu escapar. Na tarde desta segunda
ela prestou depoimento no Setor de Homicídios da Polícia Civil de Guarulhos, na
Rua Conceição, Jardim Tijuco, e não quis falar com jornalistas.
Segundo o Setor de Homicídios da Polícia de Guarulhos, o único valor
roubado foi R$ 500 de uma mulher que iria ao dentista do sindicato.
Um dos investigadores disse
que a polícia ainda estava em dúvida, no final da tarde desta segunda, se
qualificava o crime como homicídio ou latrocínio (roubo seguido de morte). Por/DG.
0 comentários:
Postar um comentário