O pau que dá em chico dá em Francisco...
Na mitologia grega Titãs – masculino – e Titânides – feminino
- (em grego Τιτάν, plural Τιτᾶνες) estão entre as entidades místicas que
enfrentaram Zeus e os deuses olímpicos na sua ascensão ao poder. Outros
oponentes foram os Gigantes, Tifão e Oríon.
Dos vários poemas gregos da idade clássica sobre a guerra
entre os deuses e os Titãs, apenas um sobreviveu. Trata-se da Teogonia
atribuída a Hesíodo. Também o ensaio Sobre a música atribuído a Plutarco,
menciona de passagem um poema épico perdido intitulado Titanomaquia
("Guerra dos Titãs") e atribuído ao bardo trácio cego Tâmiris, por
sua vez um personagem lendário. Além disso, os Titãs desempenharam um papel
importante nos poemas atribuídos a Orfeu. Ainda que apenas se conservem
fragmentos dos relatos órficos, estes revelam diferenças interessantes em
relação à tradição hesiódica.
Os Titãs não formam um conjunto homogêneo. Trata-se, em
geral, de divindades muito antigas que, por uma razão ou outra, continuaram a
ter certa vigência dentro da mitologia grega clássica e, ao constituir-se o
esquema genealógico dos deuses, foram incluídas entre os descendentes de Urano.
Os mitos gregos da Titanomaquia caem na classe
dos mitos semelhantes na Europa e Médio Oriente, em que uma geração ou grupo de
deuses confronta os dominantes. Por vezes os deuses maiores são derrotados.
Outras os rebeldes perdem, e são afastados totalmente do poder ou ainda
incorporados no panteão. Outros exemplos seriam as guerras dos Aesir com os
Vanir e os Jotunos na mitologia escandinava, o épico Enuma Elish babilônico, a
narração hitita do "Reino do Céu" e o obscuro conflito geracional dos
fragmentos ugaritas.
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