Os trabalhadores das empresas de ônibus de São Paulo anunciaram uma greve para a próxima sexta-feira, 7 de junho de 2024, que deve paralisar as atividades de cerca de 50 mil profissionais do sistema de transporte, incluindo motoristas, cobradores e trabalhadores dos setores de manutenção. A decisão pela interrupção do serviço foi tomada em uma assembleia realizada na segunda-feira, 3 de junho de 2024, conduzida pelo presidente Edivaldo Santiago, em frente à Prefeitura da capital paulista, no centro de São Paulo.
A direção do Sindicato dos Motoristas e
Trabalhadores em Transporte Rodoviário Urbano de São Paulo (Sindmotoristas-SP)
reivindica um reajuste de 3,69% pelo IPCA-IBGE, além de um aumento real de 5% e
a reposição das perdas salariais ocorridas durante a pandemia, que somam 2,46%,
conforme cálculos do Departamento Intersindical de Estatística e Estudos
Socioeconômicos (Dieese).
Segundo o Sindmotoristas-SP, "os
patrões ofereceram apenas 2,77% e a composição da diferença pelo Salariômetro
(índice medido pela FIPE)", mas essa proposta já havia sido rejeitada em
assembleia no mês de setembro.
Em nota, a Prefeitura de São Paulo
afirmou defender o direito à livre manifestação, mas exigiu que a greve seja
comunicada com 72 horas de antecedência e que uma frota mínima seja mantida em
horários de pico para "reduzir o impacto junto à população".
"O prefeito Ricardo Nunes (MDB-SP)
reforça a necessidade de atendimento aos 7 milhões de passageiros dos ônibus
para que não sejam prejudicados e informa que o efetivo da Guarda Civil
Metropolitana (GCM) estará de prontidão para eventuais ocorrências",
destacou a administração municipal no comunicado.
Edivaldo Santiago, presidente do
Sindmotoristas-SP, afirmou que nenhum ônibus circulará no dia 7 de junho, e que
até mesmo as novas empresas de transporte aderirão à paralisação, segundo ele,
decidido em outra assembleia.
Marcos Antonio Coutinho
Secretário Executivo da CSP-Conlutas
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