EDITORIAL
A
situação do trabalhador em transporte coletivo em São Paulo está lastimável,
baixos salários, convênio médico que não proporciona um atendimento digno, PLR
subvalorizado, opressão do direito de cada um expressar a sua opinião, caso ele
tenha uma contrária dos seus representantes é espancado, demitido ou pagam um
alto preço, até com a sua própria vida.
É
notório o alto grau de perigo: vários diretores andam em carro blindado, com
seguranças fortemente armados e é lamentável que alguns diretores apesar de
serem muito bem remunerados, com ajuda de custo, tickets, afastados com direito
a várias benesses e mesmo assim sequer aparecem na empresa. A entidade foi
notícia por diversas vezes nas páginas policiais por ocorrência de diversos
assassinatos alguns sem solução. Lamentavelmente na justiça chegou-se a
denominar como sindicato do crime.
Isso
tem que mudar, não se pode admitir que os trabalhadores sejam representados por
homens que descambam para a violência descabida para atingir seus
inconfessáveis objetivos: o acesso a enriquecimento fácil, usando a corrupção a
qualquer custo.
A
direção do sindicato deveria estar mais focada na convenção coletiva, na
recuperação do salário e benefícios para o trabalhador, a redução da jornada de
trabalho para 36 h. Os trabalhadores veteranos lembram-se que após muita luta e
garra conquistamos as 6hs e 40 e proporcionalmente o salário era mais
valorizado, hoje trabalhamos mais e o salário é menor Hoje perdemos muitas das
conquistas, a jornada é de 7hs e as condições de trabalho cada dia piores. O
trabalhador é enganado embora falam que acabou-se com a multa do RESAM continua
sendo um pesadelo: na vida do condutor quando não assinamos o vale somos
punidos com 3, 4 dias de suspensão e perdemos ainda a folga remunerada conseqüentemente
prejudica proporcionalmente as férias.
Nós
trabalhadores temos que aceitar ainda a tal “fominha” que é pago tudo
irregularmente horas extras, como hora normal, com 10, 20% conforme o humor do
patrão, fora do holerite... Quando ele bem entender., um absurdo!
Marcos Antonio, funcionário da “Novo Horizonte”
atual Viação Itaquera Brasil.
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