O pau que dá em chico dá em Francisco...
Dilma e a Petrobras
A candidata do PT está perplexa.
Nem a maquiagem nem a marquetagem de João Santana conseguem esconder. Quando
alguém, na sua condição, também presidente da República, usa o tempo para
criticar a investigação e para acusar perseguição — não nos esqueçamos de que a
operação Lava Jato nasceu de uma investigação da Polícia Federal —, eis, então,
um sinal de que as coisas vão de mal a pior. Dilma se queixa de “vazamentos
seletivos”. Infelizmente para ela, os depoimentos que já começaram a causar um
terremoto no mundo político — e estamos no começo — não pertencem àquela parte
da investigação coberta pelo sigilo de Justiça; não integram a fatia de
revelações da chamada “delação premiada”.
Não tendo o que dizer, Dilma diz,
então, qualquer coisa e pede que tudo seja divulgado, como se o “tudo” lhe
pudesse ser benéfico. Ora, não nos esqueçamos de que, segundo apurou a VEJA, a
parte sigilosa dos depoimentos atinge, por exemplo, o seu ministro das Minas e Energia,
Edison Lobão, além de algumas cabeças coroadas do PMDB. Pois é… Paulo Roberto
contou tudo. As diretorias eram separadas em cotas partidárias. O PT tinha a de
Serviços, a de Exploração e Produção e a de Gás e Energia. O PP ficava com a de
Abastecimento — que era a do engenheiro —, e o PMDB, com a Internacional.
Cada
partido tinha o seu operador para cuidar do serviço sujo. Ele deu detalhes de
como a coisa funcionava, por exemplo, na de Serviços, que era comandada pelo
petista Renato Duque:
“A diretoria de Serviços, através da comissão de licitação, ia ao
cadastro, escolhia as empresas de acordo com a complexidade da obra, de acordo
com valor da obra aproximado, que já se tinha ideia etc., e separava as
empresas. Então, quem fazia tudo isso era a comissão de licitação interna da
companhia, da Petrobras”. Eis
aí.
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