O pau que dá em chico dá em Francisco...

MOTORISTAS E COBRADORES DE SÃO PAULO PEDEM REAJUSTE SALARIAL DE 11,15% E AMEAÇAM GREVE!!

 


Os motoristas e cobradores de ônibus de São Paulo reivindicam um reajuste salarial de 11,15%. A greve foi aprovada por unanimidade pela categoria, que exige aumento salarial e melhores condições de trabalho.

 

Os trabalhadores pedem um reajuste de 3,69% pelo IPCA, mais 5% de aumento real e a reposição das perdas salariais acumuladas durante a pandemia, totalizando 2,46%. Além disso, querem a redução da jornada de trabalho para 7 horas efetivas, com intervalo para descanso e refeição, ou 6 horas com 1 hora remunerada.


 

A Prefeitura de São Paulo solicitou uma liminar para garantir a operação de 100% da frota nos horários de pico e 80% nos demais períodos. A decisão sobre essa liminar será anunciada após a audiência de conciliação. O prefeito Ricardo Nunes acompanha de perto as negociações, esperando um acordo que evite prejuízos aos usuários do transporte público.

 

Entre as reivindicações, os motoristas também pedem a ampliação da Participação nos Lucros e Resultados (PLR), reajuste do tíquete alimentação para R$ 38, uma cesta básica com produtos de qualidade e melhores condições nos convênios médico e odontológico. A categoria busca ainda um reajuste de 17% no seguro de vida, garantindo cobertura de dez salários mínimos, conforme a Lei nº 12.619 (Lei do Motorista).

 

A possibilidade de greve,
liderada pelo presidente do sindicato, Edivaldo Santiago da Silva, e seus aliados, preocupa não apenas os passageiros, mas também o comércio e outros setores da economia que dependem do transporte coletivo para o funcionamento diário.

 

A interrupção dos serviços pode causar um grande impacto na mobilidade urbana e na produtividade da cidade. As autoridades estão organizando um plano de contingência para minimizar os impactos da paralisação, como o aumento da frota de táxis e carros de aplicativos, além de incentivar o uso de bicicletas e outros meios de transporte alternativos.

 

A audiência de conciliação no Tribunal Regional do Trabalho (TRT) será crucial para definir os próximos passos e tentar encontrar uma solução pacífica para o impasse. A Prefeitura e a população esperam que um acordo seja alcançado, evitando transtornos maiores. 

 

O Sindmotoristas-SP, filiado à UGT, conta com o apoio de outras centrais sindicais, como Força Sindical, CSP-CONLUTAS, Nova Central, CTB e CUT, além da Federação dos Trabalhadores em Transportes Rodoviários do Estado de São Paulo, que estão alinhadas com a nova gestão e a pauta de reivindicações dos condutores.

 

A decisão sobre a greve dos ônibus em São Paulo está nas mãos do Tribunal Regional do Trabalho, que buscará um consenso entre motoristas e empresários na audiência de conciliação marcada para hoje, terça-feira, 3 de julho de 2024. Se confirmada, a greve poderá afetar mais de 7 milhões de passageiros em São Paulo e causar grandes transtornos na cidade. A expectativa é de que ambas as partes cheguem a um acordo para evitar a paralisação dos serviços.

 

Marcos Antonio Coutinho

Secretário Executivo da CSP-Conlutas

Jornalista & Radialista

www.marcosantonio50.blogspot.com  

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