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Kassab é vaiado por moradores em região afetada pela chuva na Zona Sul SP

O prefeito de São Paulo, Gilberto Kassab (DEM), foi vaiado na tarde desta quinta-feira (21) por centenas de pessoas que acompanhavam apreensivas o trabalho de resgate de um casal soterrado na região do Grajaú, na Zona Sul de São Paulo. Em sua visita, o prefeito prometeu melhorias para a região e culpou a ocupação irregular e a impermeabilização pelas tragédias que acontecem na cidade nos últimos dias.

Ao todo, sete pessoas da mesma família foram atingidas por um deslizamento de terra causado pela forte chuva por volta das 3h. Uma mulher e sua filha de 4 meses foram resgatadas por vizinhos. Bombeiros foram chamados e resgataram outras três crianças com idade entre 7 e 10 anos; muito ferida, uma menina não resistiu e morreu em um hospital na região. Um casal permanece desaparecido.
Houve muita chuva e faltou, ao longo das ultimas décadas, planejamento na cidade de São Paulo. Precisa de investimentos para corrigir essas enormes distorções”, afirmou Kassab. Sobre o imóvel soterrado nesta quinta, o prefeito afirmou que a construção estava em uma área irregular. Além disso, ele frisou que o local do acidente faz parte de uma das 483 áreas de risco. “Áreas de mais risco foram priorizadas e essa área estava sendo priorizada para começar nesse mês. O local está interditado e as famílias serão removidas”, justificou ao ser questionado sobre a não remoção dos moradores.

Nos cerca de 100 metros que separavam o carro de Kassab da área afetada, o prefeito recebeu vaias de centenas de moradores. A dona de casa Claudete Maria da Costa, de 35 anos, foi uma das que criticou. “Ele fugiu. Ficou com medo do povo”, afirmou. “Ele tem que visitar outras áreas do bairro. Aqui é muito carente.”
A também dona de casa Alaíde de Souza, de 39 anos, concorda. “Precisamos de escola, de novas moradias. O povo aqui está sofrendo.” Ela afirmou estar decepcionada pelo fato de Kassab não conversar com o povo. “Tentei conversar, mas fui empurrada.”
A doméstica Arlete de Souza Silva, de 48 anos, porém, diz acreditar que a visita tem um lado bom. “Assim ele conhece a região.”

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